Angelus

Three times, nine times... A ring recorded in a small village in the south of France. Angelus rings several moments in the day, in France at least: 7:00 AM, 12:00 AM and 7:00 PM. It's an old tradition, dating from the days when people couldn't read hours on a clock.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Como Rezar o Terço (2)

Como Rezar o Terço ( versão resumida)

Campanha do terço por causas difíceis e urgentes, clicar aqui.

Para versão completa, clicar aqui.
Em todas as aparições de Fátima, Nossa Senhora repetiu:

"

"Rezai o Rosário todos os dias", mostrando-nos que essa é a oração que mais lhe agrada e com a qual podemos obter "infalivelmente" as graças de que precisamos.

Apesar de sua forma simples, o Rosário é o memorial de toda a vida de Nosso Senhor Jesus cristo, que contemplamos ao longo de cada ave-maria.

Entregando-nos esse sacramental a Mãe de Deus quis colocar ao nosso alcance um poderosíssimo meio de salvação e um auxílio nas dificuldades.

As graças ligadas ao Terço (a parte diária do Rosário) são tão abundantes que podemos aplicar a ele as palavras de São Bernardo de Claraval, na famosa oração do "lembrai-vos": Nunca se ouviu dizer que alguém tenha recorrido à sua proteção e tenha sido desamparado.
Mistérios Gozosos
(rezar às segundas e sábados)

* No primeiro mistério contemplamos a Anunciação do Anjo e Encarnação do Verbo no seio puríssimo de Maria.
* No segundo mistério contemplamos a Visitação de Nossa Senhora a sua prima Santa Isabel
* No terceiro mistério contemplamos o Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo em Belém.
* No quarto mistério contemplamos a Apresentação do Menino Jesus no templo e a purificação de Nossa Senhora.
* No quinto mistério contemplamos a Perda e Encontro do Menino Jesus no templo, discutindo com os doutores da lei.

Mistérios Dolorosos
(rezar às terça-feiras e sexta-feiras)






Orações 


Pai Nosso
Pai nosso, que estais no Céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa Vontade, assim na Terra como no Céu.

O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.
Ave Maria

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.

Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.
Ó meu Jesus
(após cada dezena)

Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inferno, levai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente as que mais precisarem.

Salve Rainha

Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos os degradados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia pois advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei. E depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto de vosso ventre. Ó clemente ! ó piedosa ! ó doce sempre Virgem Maria!

V. Rogai por nós Santa Mãe de Deus.

R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.

http://www.fatima.org.br/nossasenhora/oracoes/o_meu_jesus.asp

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

SOLENIDADE DO NATAL DO SENHOR

Basílica Vaticana
Terça-feira, 24 de Dezembro de 2013


1. «O povo que andava nas trevas viu uma grande luz» (Is 9, 1).

Esta profecia de Isaías não cessa de nos comover, especialmente quando a ouvimos na liturgia da Noite de Natal. E não se trata apenas dum facto emotivo, sentimental; comove-nos, porque exprime a realidade profunda daquilo que somos: somos povo em caminho, e ao nosso redor – mas também dentro de nós – há trevas e luz. E nesta noite, enquanto o espírito das trevas envolve o mundo, renova-se o acontecimento que sempre nos maravilha e surpreende: o povo em caminho vê uma grande luz. Uma luz que nos faz reflectir sobre este mistério: o mistério do andar e do ver.

Andar. Este verbo faz-nos pensar no curso da história, naquele longo caminho que é a história da salvação, com início em Abraão, nosso pai na fé, que um dia o Senhor chamou convidando-o a partir, a sair do seu país para a terra que Ele lhe havia de indicar. Desde então, a nossa identidade de crentes é a de pessoas peregrinas para a terra prometida. Esta história é sempre acompanhada pelo Senhor! Ele é sempre fiel ao seu pacto e às suas promessas. Porque fiel, «Deus é luz, e n’Ele não há nenhuma espécie de trevas» (1 Jo 1, 5). Diversamente, do lado do povo, alternam-se momentos de luz e de escuridão, fidelidade e infidelidade, obediência e rebelião; momentos de povo peregrino e momentos de povo errante.

E, na nossa historia pessoal, também se alternam momentos luminosos e escuros, luzes e sombras. Se amamos a Deus e aos irmãos, andamos na luz; mas, se o nosso coração se fecha, se prevalece em nós o orgulho, a mentira, a busca do próprio interesse, então calam as trevas dentro de nós e ao nosso redor. «Aquele que tem ódio ao seu irmão – escreve o apóstolo João – está nas trevas e nas trevas caminha, sem saber para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos» (1 Jo 2, 11). Povo em caminho, mas povo peregrino que não quer ser povo errante.

2. Nesta noite, como um facho de luz claríssima, ressoa o anúncio do Apóstolo: «Manifestou-se a graça de Deus, que traz a salvação para todos os homens» (Tt 2, 11).

A graça que se manifestou no mundo é Jesus, nascido da Virgem Maria, verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Entrou na nossa história, partilhou o nosso caminho. Veio para nos libertar das trevas e nos dar a luz. N’Ele manifestou-se a graça, a misericórdia, a ternura do Pai: Jesus é o Amor feito carne. Não se trata apenas dum mestre de sabedoria, nem dum ideal para o qual tendemos e do qual sabemos estar inexoravelmente distantes, mas é o sentido da vida e da história que pôs a sua tenda no meio de nós.

3. Os pastores foram os primeiros a ver esta «tenda», a receber o anúncio do nascimento de Jesus. Foram os primeiros, porque estavam entre os últimos, os marginalizados. E foram os primeiros porque velavam durante a noite, guardando o seu rebanho. É lei do peregrino velar, e eles velavam. Com eles, detemo-nos diante do Menino, detemo-nos em silêncio. Com eles, agradecemos ao Pai do Céu por nos ter dado Jesus e, com eles, deixamos subir do fundo do coração o nosso louvor pela sua fidelidade: Nós Vos bendizemos, Senhor Deus Altíssimo, que Vos humilhastes por nós. Sois imenso, e fizestes-Vos pequenino; sois rico, e fizestes-Vos pobre; sois omnipotente, e fizestes-Vos frágil.

Nesta Noite, partilhamos a alegria do Evangelho: Deus ama-nos; e ama-nos tanto que nos deu o seu Filho como nosso irmão, como luz nas nossas trevas. O Senhor repete-nos: «Não temais» (Lc 2, 10). Assim disseram os anjos aos pastores: «Não temais». E repito também eu a todos vós: Não temais! O nosso Pai é paciente, ama-nos, dá-nos Jesus para nos guiar no caminho para a terra prometida. Ele é a luz que ilumina as trevas. Ele é a misericórdia: o nosso Pai perdoa-nos sempre. Ele é a nossa paz. Amen.
    
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http://www.vatican.va/holy_father/francesco/homilies/2013/documents/papa-francesco_20131224_omelia-natale_po.html

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Novena ao Menino Jesus de Praga

ORAÇÃO INICIAL DA NOVENA

Ó JESUS MENINO, eu recorro a Ti e suplico-Te por intercessão da Tua Santa Mãe, que me assistas nesta necessidade, porque creio firmemente, que a Tua Divindade pode me socorrer.

Espero com toda a confiança obter a Tua santa graça. Amo-Te com todo o coração e com todas as forças da minha alma.

Arrependo-me sinceramente de todos os meus pecados e peço-Te, Ó BOM JESUS, que me dês forças para triunfar sobre eles.

Proponho não ofender-Te mais e ofereço-me a Ti, disposto a tudo sofrer antes que dar-Te o mínimo desgosto.

Doravante quero servir-Te com toda a fidelidade e, por Teu amor, ó DIVINO MENINO, amarei o meu próximo como a mim mesmo.

PEQUENINO ONIPOTENTE, SENHOR JESUS, de novo Te imploro, que me assistas nesta necessidade em que hoje me encontro.

Concede-me a graça de possuir-Te eternamente com Maria e José, e de adorar-Te com os Anjos na corte celestial. Assim seja.

DIVINO MENINO JESUS DE PRAGA.ABENÇOAI-ME.

 
Novena
 
Jesus, que dissestes:
"Pedi e recebereis, procurai e achareis",
por intermédio de Maria, vossa sagrada Mãe,
eu bato, procuro e vos rogo que minha prece seja atendida
(menciona-se o pedido).

Jesus que dissestes:
"Tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome Ele atenderá",
por intermédio de Maria vossa sagrada Mãe,
eu humildemente rogo ao vosso Pai, em vosso nome, que minha oração seja ouvida (menciona-se o pedido).

Jesus que dissestes:
"O céu e a terra passarão, mas a minha palavra não

passará", por intermédio de Maria, vossa sagrada Mãe,
eu confio que minha oração seja ouvida (menciona-se o pedido).
(Rezar 3 Ave Marias e 1 Salve Rainha)


Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos os degradados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia pois advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei. E depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto de vosso ventre. Ó clemente ! ó piedosa ! ó doce sempre Virgem Maria!

V. Rogai por nós Santa Mãe de Deus.

R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.


 

sábado, 21 de dezembro de 2013

Oração faz milagres



Vaticano: Papa lamenta «incredulidade» e diz que a oração faz milagres

Francisco defende que a vida espiritual implica luta para promover transformação
O Papa Francisco afirmou em missa realizada no Vaticano que é preciso lutar contra a “incredulidade” e rezar de forma “corajosa” para que os milagres aconteçam.

“Mas porque há esta incredulidade? Penso que é porque o coração não se abre, um coração fechado que quer ter tudo sob controle”, disse, na homilia da missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta.

Esta incredulidade que “todos” têm dentro de si, acrescentou o Papa, requer uma “oração humilde e forte”, como pedia Jesus.

“A oração para pedir um milagre, para pedir uma ação extraordinária, tem de ser uma oração comprometida, que envolva todos”, acrescentou.

Francisco recordou, neste contexto, um episódio que aconteceu na Argentina, sua terra natal, quando o pai de uma menina de 7 anos foi rezar ao Santuário de Lujan, dedicado à Virgem Maria, numa viagem de 70 quilómetros.

“Chegou depois das nove da noite, estava tudo fechado, e ele começou a rezar a Nossa Senhora, com as mãos na cancela de ferro. Rezava, rezava, chorava e rezava, e assim ficou toda a noite. Este homem lutava”, relatou.

Ao regressar ao hospital, na manhã seguinte, a filha estava sem febre e a respeitar normalmente, sem que os médicos soubessem explicar o que se tinha passado.

“Isto ainda acontece, não é? Há milagres”, realçou o Papa.

Segundo Francisco, “a oração faz milagres” mas é preciso “acreditar”, de forma “corajosa”, lembrando também as pessoas que sofrem “nas guerras, os refugiados, todos os dramas que existem”.
 


quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O sobrenome de Deus

PAPA FRANCISCO
MEDITAÇÕES MATUTINAS NA SANTA MISSA CELEBRADA
NA CAPELA DA DOMUS SANCTAE MARTHAE
 
 O sobrenome de Deus
 
Publicado no L'Osservatore Romano, ed. em português, n. 51 de 19 de Dezembro de 2013
O homem é o sobrenome de Deus: de facto, o Senhor pega o nome de cada um de nós — quer sejamos santos quer pecadores — para fazer dele o próprio sobrenome. Porque ao encarnar-se o Senhor fez história com a humanidade: a sua alegria foi partilhar a sua vida connosco, «e isto comove: tanto amor, tanta ternura».
Foi com o pensamento dirigido ao Natal já iminente que o Papa Francisco comentou na terça-feira, 17 de Dezembro, as duas leituras propostas pela liturgia da palavra, tiradas respectivamente do Génesis (49, 2.8-10) e do Evangelho de Mateus (1, 1-17). No dia do seu septuagésimo sétimo aniversário o Santo Padre presidiu como de costume à missa matutina na capela de Santa Marta. Concelebrou entre outros o cardeal decano Angelo Sodano, que lhe expressou as felicitações de todo o Colégio cardinalício.
Na homilia, centrada na presença de Deus na história da humanidade, o bispo de Roma indicou em dois termos — herança e genealogia — as chaves para interpretar respectivamente a primeira leitura (relativa à profecia de Jacob que reúne os seus filhos e prediz uma descendência gloriosa para Judá) e o excerto evangélico que contém a genealogia de Jesus. Reflectindo em particular sobre esta última, evidenciou que não se trata de «uma lista telefónica», mas de «um tema importante: é história pura», porque «Deus enviou o seu filho» entre os homens. E, acrescentou, «Jesus é consubstancial ao Pai, Deus; mas também consubstancial à Mãe, uma mulher. E esta é aquela consubstancialidade da mãe: Deus fez-se história, Deus quis tornar-se história. Está connosco. Caminhou connosco».
Um caminho — prosseguiu o bispo de Roma — iniciado há muito tempo, no Paraíso, logo depois do pecado original. De facto, a partir daquele momento, o Senhor «teve uma ideia: caminhar connosco». Por isso «chamou Abraão, o primeiro nomeado nesta lista, e convidou-o a caminhar. E Abraão começou aquele caminho: gerou Isaac, e Isaac gerou Jacob, e Jacob, Judá». E assim por diante, avançando na história da humanidade. Portanto, «Deus caminha com o seu povo», porque «não quis salvar-nos sem história; quis fazer história connosco».
Uma história, afirmou o Pontífice, feita de santidade e de pecado, porque na lista da genealogia de Jesus há santos e pecadores. Entre os primeiros o Papa recordou «o nosso pai Abraão» e «David, que depois do pecado se converteu». Entre os segundos indicou «pecadores de alto nível, que cometeram pecados graves», mas com os quais Deus igualmente «fez história». Pecadores que não souberam responder ao projecto que Deus tinha imaginado para eles: como «Salomão, tão grandioso e inteligente, que acabou como um pobrezinho que nem sabia como se chamava». E no entanto, constatou o Papa Francisco, Deus estava também com ele. «E isto é bonito: Deus faz história connosco. E mais, quando Deus quer dizer quem é, diz: eu sou o Deus de Abraão, de Isaac, de Jacob».
Eis por que à pergunta «qual é o sobrenome de Deus?», para o Papa Francisco é possível responder: «Somos nós, cada um de nós. Ele toma o nosso nome para fazer dele o seu sobrenome». E no exemplo oferecido pelo Pontífice não estão só os pais da nossa fé, mas também pessoas comuns. «Eu sou o Deus de Abraão, de Isaac, de Jacob, de Pedro, de Mariazinha, de Harmony, de Marisa, de Simão, de todos. De nós assume o sobrenome. O sobrenome de Deus é cada um de nós», explicou.
Eis a constatação de que, tomando «o sobrenome do nosso nome, Deus fez história connosco»; aliás, ainda mais: «deixou que escrevêssemos a história». E nós ainda hoje continuamos a escrever «esta história» que é feita «de graça e de pecado», enquanto o Senhor não se cansa de nos seguir: «esta é a humildade de Deus, a paciência de Deus, o amor de Deus». De resto, também «o livro da Sabedoria diz que a alegria do Senhor está entre os filhos do homem, connosco».
«Ao aproximar-se o Natal» para o Papa Francisco — como ele mesmo confidenciou concluindo a reflexão — foi natural pensar: «Se ele fez a sua história connosco, se tomou o seu sobrenome de nós, se deixou que escrevêssemos a sua história», nós por nossa vez deveríamos deixar que Deus escrevesse a nossa. Porque, esclareceu, «a santidade» é precisamente «deixar que o Senhor escreva a nossa história». E estes foram os votos de Natal que o Pontífice quis dirigir «a todos nós». Felicitações que são um convite a abrir o coração: «Faz com que o Senhor escreva a tua história e que tu deixes que Ele a escreva».
Na missa celebrada na manhã de segunda-feira, 16 de Dezembro, o Papa quis recordar que ser profeta é uma vocação de todos os baptizados. Fê-lo, como de costume, inspirando-se na palavra de Deus da liturgia do dia. O Pontífice repetiu as palavras do livro dos Números (24, 2-7.15-17b) que delineiam a figura do profeta, «oráculo de Balaão, filho de Beor e oráculo do homem com olhar penetrante; oráculo de quem ouviu as palavras de Deus». Eis — explicou — «é este o profeta»: um homem «que tem o olhar penetrante e que escuta e pronuncia as palavras de Deus; que sabe ver no momento e ir rumo ao futuro. Mas antes escutou a palavra de Deus». De facto, «o profeta tem três momentos dentro de si». Antes de tudo, «o passado: o profeta — disse o Santo Padre — está ciente da promessa e tem no seu coração a promessa de Deus, mantém-na viva, recorda-a, repete-a». Mas «depois observa o presente, o seu povo e sente a força do espírito para dizer uma palavra que o ajude a erguer-se, a prosseguir o caminho rumo ao futuro».
Portanto, continuou o Papa, «o profeta é um homem de três tempos: promessa do passado, contemplação do presente, coragem para indicar o caminho rumo ao futuro». E recordou que «o Senhor sempre conservou o seu povo com os profetas nos momentos difíceis, nos quais o povo se sentia desanimado ou abalado; quando o templo não existia; quando Jerusalém estava sob o domínio dos inimigos; quando o povo se questionava no seu íntimo; mas, Senhor, tu prometeste-nos isto e agora o que acontece?». A este propósito, acrescentou: «Talvez tenha acontecido o mesmo no Coração de Nossa Senhora, quando estava aos pés da cruz: Senhor, tu disseste-me que este seria o libertador de Israel, o chefe, que nos daria a redenção; e agora?».
Certamente, explicou o Papa, «talvez o povo de Deus que acreditava, que ia rezar no templo, chorava no seu coração porque não encontrava o Senhor. Faltava a profecia. Chorava no seu coração como Ana, a mãe de Samuel, chorava pedindo a fecundidade do povo». A fecundidade, especificou o Pontífice, «que vem da força de Deus, quando Ele desperta em nós a memória da sua promessa e nos impele para o futuro com a esperança. Este é o profeta. É o homem do olhar penetrante, que ouve as palavras de Deus».
Na celebração de 13 de Dezembro, o Pontífice reflectiu sobretudo acerca do trecho do Evangelho de Mateus (11, 16-19) no qual Jesus compara a geração dos seus contemporâneos «com aqueles rapazes sentados nas praças que se dirigem aos outros companheiros e dizem: tocámos a flauta e não dançastes, recitámos uma elegia e não chorastes». Existem cristãos — disse — que sentem «uma certa alergia aos pregadores da palavra»: aceitam «a verdade da revelação» mas não «o pregador», preferindo «uma vida enjaulada». Aconteceu nos tempos de Jesus e infelizmente continua a acontecer hoje naqueles que vivem fechados em si mesmos, porque têm medo da liberdade que vem do Espírito Santo.
O Pontífice exortou a rezar por eles e também por nós mesmos, a fim de que «não nos tornemos cristãos tristes», que não deixam que «o Espírito Santo tenha a liberdade de vir até nós através do escândalo da pregação».
Durante a missa celebrada na manhã de quinta-feira, 12 de Dezembro o Papa Francisco frisou que o Natal é uma festa na qual se faz muito barulho, enquanto vivemos este período de expectativa. Seria importante, ao contrário, redescobrir o silêncio, como um momento ideal para sentir a musicalidade da linguagem com a qual o Senhor nos fala. Ele «aproxima-se» de nós. «Quando vemos um pai ou uma mãe que se aproxima do filho — explicou o bispo de Roma — percebemos que se tornam pequenos, falam com voz de criança e fazem gestos de criança». Quem os vê pode pensar que são ridículos. Mas «o amor do pai e da mãe tem necessidade de se aproximar», de «se abaixar ao mundo da criança». E mesmo se eles falassem normalmente, a criança compreendê-los-ia; «mas eles preferem falar como criança. Aproximam-se. Tornam-se crianças. E assim é o Senhor».
Certamente, continuou o Pontífice, devemos ouvir a palavra do Senhor, o que nos diz; mas devemos também ouvir «como o diz». E devemos fazer como Ele, isto é «fazer o que diz, mas fazê-lo como o diz: com amor, com ternura, com “condescendência” para com os irmãos».
«Impressionou-me sempre — confidenciou o Papa — o encontro do Senhor com Elias, quando o Senhor falou com Elias». Estava sobre o monte e quando o viu passar «o Senhor não estava no granizo, na chuva, na tempestade, no vento... O Senhor estava na brisa suave» (cf. 1 Rs 19, 11-13).
«Esta — disse o Papa Francisco — é a música da linguagem do Senhor. Ao prepararmo-nos para o Natal, devemos ouvi-la. Far-nos-á bem». Geralmente o Natal é «uma festa com muito barulho. Far-nos-á bem um pouco de silêncio», para «ouvir estas palavras de amor, de muita proximidade, estas palavras de ternura». E concluiu: «Devemos fazer silêncio neste tempo para que, como diz o prefácio, sejamos vigilantes na espera».
 



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Oração de Libertação da Nossa Vida Financeira (Orações carismáticas )

“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça e todas as cooisas vos serão dadas por acrescimos”(Mt 6,33). Não podeis servir a Deus e à riquezas…(Mt 6,24)…
Pai Celestial, como o Senhor abençoou os nossos patriarcas, Abraão, Isaac e Jacó, como eles foram fieis a suas promessas e caminharam diante de Ti com suas famílias e assim ensinaram seus filhos a Ti obedecerem e por isso os acumulou de bençãos e prosperidades, eles estavam sempre diante da tua graça e o Senhor prometeu bençãos à sua posteridades……
Hoje venho diante de Ti, colocar-me diante desta graça, desta benção, para que eu e meus familiares possamos viver desta graça e desta benção, que deste a posteridade de seus patriarcas, sermos fieis como eles foram e que a graça de sua providência nunca falte aos que te amam…
Venho te pedir perdão se não fui tão fiel e não te obedeci como Abraão, Isaac e Jacó, mas creio que poderei viver desta filiação, desta aliança de amor que firmaste para sempre, quero hoje renunciar a tudo que veio destruir esta benção da nossa vida financeira, da nossa prosperidade, tenho percebido tantas dificuldades hoje em manter minha vida , os meus negócios e cuidar dos meus familiares de um modo digno e que sua providência estaja sempre em minha casa….
Quero renunciar em nome de Jesus e pelo seu sangue redentor toda e qualquer maldição que vem na minha família e foi passando pelos nossos antepassados até chegar a mim, assim como eles posso ter cometido muitos pecados contra ti e o inimigo sabendo disto tem dificultado a minha vida financeira. Liberta-me Senhor de tudo que foi palavra de maldição lançada contra mim e minha família vinda de meus avós , de meus pais e meus irmãos, que nunca iria dar certo a minha vida, meus negócios e meu trabalho e que sempre iria passar necessidades e dificuldades financeiras…vem libertar destas maldições, das palavras lançadas contra mim e estou perdoando a quem fez isto e que nada destas misérias tem mais poder sobre mim e meus familiares…
Também sei Senhor, que todo roubo , desonestidade, comprar coisas ilícitas, roubadas, avareza – este apego excessivo aos bens que não me deixa usar da caridade, toda ambição, vaidade – este desejo de querer ter os bens para me mostrar, todo tipo de adultério, prostituição, devassidão, deixar de pagar minhas dívidas, dar cheque sem fundo, usar más intenções para levar vantagem, usar de dinheiro vindo de situações desonestas nos amaldiçoa e não nos deixa prosperar, estou hoje renunciando desta situações se participei, perdoa-me Senhor e lava-me de todo este mal e que isto não atraia mais bloqueios para minha vida e meus familiares…..
Lava-me Senhor Jesus com seu sangue redentor de toda e qualquer maldição que eu posso ter participado e meus familiares, de ocultismo, macumbarias, feitiços , amarrações, banhos de descarrego, toda e qualquer consagrações feitas na minha casa, no meu local de trabalho, em minhas propriedades, assim como benzimentos, queimar pólvora, jogar água energizada, defumador, pingas, ou colocar ali amuletos, plantas e quaisquer outros objetos, estou renunciando em nome de Jesus e pelo seu sangue redentor a estas maldições e pedindo perdão e que seja agora liberto a minha vida financeira e de meus familiares…..
Quero também Senhor pedir perdão, se amaldiçoei alguém ou desejei mal e que esta pessoas, mesmo se elas me deram prejuízos, me roubaram, ou falaram mal de mim, se desejei que passassem por dificuldades e pagassem tudo que me fizeram, mesmo que seja alguém da minha família, ou parente próximo, mesmo meus vizinhos, concorrentes, colegas de trabalho, meus chefes, estou quebrando em nome de Jesus todo mal lançado pela minha boca e quero que estas pessoas prosperem igualmente como é o meu desejo, que elas sejam por ti abençoadas e cheias de prosperidades, vem Senhor me libertar desta maldições, assim como meus familiares….
Quero Pedir perdão Senhor, pelas vezes que pensei que Deus não gostava de mim e que minha casa não era abençoada e por isso muitas vezes falei que meu dinheiro, e que ele era uma porcaria, que meu salário era uma miséria, que não gostava do meu trabalho, dos meus chefes até mesmo amaldiçoava aquela empresa que trabalho ou que trabalhei, pelas vezes que falei mal de minha casa, que não gostava de tudo que estava dentro de minha casa, que não gostava daquela rua, dos meus vizinhos, de todos os bens que o Senhor me deu (carros, motos, bicicletas, até mesmo os ônibus) ficava reclamando e murmurando só olhando para os outros e até criticava quando via alguém prosperando, liberta-me Senhor desta maldições e que o demônio não tem mais poder sobre mim nestas situações e assim os meus familiares…. por isso ter consagrado todos os meus bens, trabalho, salários, casas, objetos de utensílios, meu local de trabalho, meus chefes, minha rua , meus vizinhos , meus colegas de trabalhos e todo os meios de transportes que Tú me destes para usar…vem Senhor santificar tudo isto , para que o inimigo não tenha mais poder de nos causar mal e fechar nossa vida financeira… e que tudo que temos agora te pertence Senhor e somos apenas administradores destes bens….
Quero pedir Senhor toda libertação e cura que necessito na minha vida, principalmente na minha formação, nos meus estudos, estudos dos meus familiares, toda dificuldade de ingressar na minha vida profissional, todo bloqueio nos meus desejos e vontade, todo medo que me atorrmenta até mesmo para fazer concursos ou enfrentar novas profissões, novos empregos, novos desafios e mudanças, vem me libertar Senhor com o sangue redentor de Jesus , lavando minha inteligência , minha sabedoria, minha capacidade intelectual de todo trauma que eu possa ter sofrido principalmente nos momentos de pressões e ansiedades, todo medo de falar em público, de expor minhas idéias, meus conhecimentos, libertar-me Senhor de toda agressividade, inseguranças ou timidez, vem Senhor com teu Espirito Santo, me dar sabedoria para o novo da minha vida e saber o que o Senhor me capacita para toda boa obra…. e que a partir de agora não vou ficar olhando mais para o passado e sim, para esta vida nova que o Senhor me concede e me liberta de todo e qualquer bloqueio na minha vida financeira…. Louvado seja o Senhor para sempre o Deus da benção e que quer que seus filhos sejam abençoados assim como todos os seus bens…Amem! Amem! Aleluia……
Eu te bendigo e por isso quero rezar esta oração da Providência….
“Providência Santíssima do Eterno, Onipotente e Misericordiosíssimo Deus, que tudo tendes providenciado e providenciareis para nosso bem, Providenciai em todas as nossas necessidades. Assim creio, assim espero, e que seja sempre feita a Vossa Santíssima vontade, Amém!
 
http://blog.cancaonova.com/padrevagnerbaia/tag/bloqueiors-da-vida-financeiras/

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Nossa Senhora Desatadora de Nós

A devoção do Papa Francisco a Nossa Senhora Desatadora de Nós

Cidade do Vaticano (Terça-feira, 23-04-2013,
Gaudium Press) Em uma entrevista à Rádio Vaticano, o reitor da Catedral de Buenos Aires, padre Alejandro Russo, revelou que o Papa Francisco, desde a época em que era Cardeal, sempre fez questão de responder pessoalmente a todas as cartas a ele remetidas. Suas repostas geralmente eram acompanhadas por santinhos com a imagem de Nossa Senhora Desatadora de Nós.

Segundo o sacerdote, "com esta mesma imagem, fazia as felicitações de Natal, de Páscoa. E foi a imagem que usou para distribuir quando de sua ordenação episcopal"

O padre Alejandro Russo relata como originou essa tradição e devoção da parte de Bergoglio. "O Papa quando era sacerdote jesuíta passou um período na Alemanha para estudar, e ali em uma Igreja, encontrou a imagem de Nossa Senhora Desatadora de Nós. Levou alguns santinhos para Buenos Aires e começou, a cada carta que escrevia, colocar uma imagem da Virgem junto às cartas. Com o tempo uma pintora argentina ofereceu-se para fazer uma cópia da imagem encontrada na Igreja alemã, para colocá-la na capela da Universidade do Salvador. Nesta capela, a Virgem tinha a devoção e a simpatia de muita gente." (EPC)
 
Oração a "Nossa Senhora Desatadora dos Nós



Virgem Maria, Mãe do belo amor,
Mãe que jamais deixa de vir
em socorro a um filho aflito,
Mãe cujas mãos não param nunca
de servir seus amados filhos,
pois são movidas pelo amor divino
e a imensa misericórdia
que existem em teu coração,
volta o teu olhar compassivo sobre mim
e vê o emaranhado de nós
que há em minha vida.
Tu bem conheces o meu desespero,
a minha dor e o quanto estou amarrado
por causa destes nós.
Maria, Mãe que Deus
encarregou de desatar os nós
da vida dos seus filhos,
confio hoje a fita da minha vida em tuas mãos.
Ninguém, nem mesmo o maligno
poderá tirá-la do teu precioso amparo.
Em tuas mãos não há nó
que não poderá ser desfeito.
Mãe poderosa, por tua graça
e teu poder intercessor
junto a Teu Filho e Meu Libertador, Jesus,
recebe hoje em tuas mãos este nó.........
Peço-te que o desates para a glória de Deus,
e por todo o sempre.
Vós sois a minha esperança.
Ó Senhora minha,
sois a minha única consolação dada por Deus,
a fortaleza das minhas débeis forças,
a riqueza das minhas misérias, a liberdade,
com Cristo, das minhas cadeias.
Ouve minha súplica.
Guarda-me, guia-me,
protege-me, ó seguro refúgio!
Maria, Desatadora dos Nós, roga por mim.
 
 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Rezar é, como que, incomodar Deus para que nos escute – o Papa na missa da sexta-feira, 6 de dez

Na missa da sexta-feira, 6 de dezembro, na Capela da Casa de Santa Marta o Papa Francisco na sua homilia falou nas duas atitudes da oração como sendo necessitada e segura. Uma oração que é um pouco como que incomodar a Deus para que nos escute:
“Não sei se isto soa mal, mas rezar é um pouco incomodar Deus para que nos escute: Mas, o Senhor diz: como o amigo à meia-noite, como a viúva ao juiz... É chamar aos olhos, chamar ao coração de Deus na nossa direção... E isto fizeram os leprosos que chegaram junto d’Ele: Se tu queres podes curar-nos” E fizeram-no com alguma segurança. É assim que Jesus nos ensina a rezar. Quando nós rezamos, às vezes pensamos: ‘Mas eu peço ao Senhor esta necessidade uma, duas, três vezes mas não com muita força e depois esqueço-me de pedir.’ Estes gritavam e não se cansavam de gritar. Jesus diz-nos: ‘Pedi’ mas também ‘Batei à porta’ e quem bate à porta, faz barulho, perturba, incómoda.”A oração tem duas atitudes, disse o Santo Padre, é necessitada e é segura e acrescentou ainda que rezar é como responder eu creio à pergunta que Jesus faz aos dois cegos: ‘Tu crês que eu possa fazer isto?’
“E a oração tem estas duas atitudes: é necessitada e é segura. Oração necessitada sempre: a oração, quando pedimos algumas coisa é necessitada: ‘Tenho esta necessidade, escuta-me Senhor.’ Mas também, quando é verdadeira é segura: ‘Escuta-me! Eu creio que tu o possas fazer porque o prometes-te.”
 
Como todas as manhãs, o Papa Francisco celebrou Missa, na Capela Santa Marta, no Vaticano, durante a qual meditou, em sua homilia, sobre “a oração insistente”.
O Santo Padre partiu da narração evangélica dos “Cegos de Jericó”, que gritam ao Senhor para ser curados e exortou “a rezar com insistência, cientes de que Deus nos escuta”. A oração cristã representa as nossas necessidades, mas, ao mesmo tempo, a certeza de que Deus atende o nosso pedido, segundo seus tempos e modos. Quem reza sabe que não perturba a Deus, pelo contrário, o faz com confiança.
Como os cegos de Jericó, devemos gritar a Jesus, sem temer de incomodá-lo, para que venha ao nosso socorro; é “bater à porta”, com confiança e fé, para que nos seja aberta, na esperança de sermos atendidos. E o Papa perguntou: será que Jesus nos pode curar? E respondeu:
“Ele pode fazê-lo, mas quando o fará, não podemos saber. Eis a segurança da oração: a necessidade de pedirmos com sinceridade ao Senhor, como um cego, que tem necessidade e está enfermo. Deus sabe o que precisamos, mas vê também o modo como lhe pedimos: com confiança, convicção e certeza, cientes de que Ele pode fazer tudo”.
 

domingo, 15 de dezembro de 2013

Oração ao Divino Espírito Santo

 


Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso Amor.

O Verbo Divino se fez carne e veio habitar entre nós.Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dai-nos a Paz.

Oração:
 
Espírito Santo, Vós que me esclareceis em tudo, Vós que iluminais todos os caminhos para que eu atinja o meu ideal, Vós que me dais o dom divino de perdoar e esquecer o mal que me fazem, quero, neste curto diálogo, vos agradecer por tudo e confirmar mais uma vez que jamais quero separar-me de Vós, por maiores que sejam as tentações materiais. Pelo contrário, quero tudo fazer em prol da humanidade para que possa merecer a glória perpétua na vossa companhia e na companhia de meus irmãos. Ó Divino Espírito Santo, iluminai-me!

Amém!

Rezar um pai-nosso, uma Ave-Maria, um Glória ao Pai e Fazer o Sinal da Cruz.

 
Invocação ao Espírito Santo
Vinde, Espírito Santo,
enchei os corações dos vossos fiéis
e acendei neles o fogo do Vosso amor.
Enviai, Senhor, o Vosso Espírito, e tudo será criado,
e renovareis a face da terra.
 

Oremos:

Ó Deus,
que instruístes os corações dos vossos fiéis
com a luz do Espírito Santo,
fazei que apreciemos rectamente todas as coisas
e gozemos sempre da sua consolação.
Por nosso Senhor Jesus Cristo,
na unidade do Espírito Santo. Amen.
 
 
 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Quando Deus regenera ( mensagem de esperança e fé)

PAPA FRANCISCO
MEDITAÇÕES MATUTINAS NA SANTA MISSA CELEBRADA
NA CAPELA DA DOMUS SANCTAE MARTHAE
 
Quando Deus regenera
 
Publicado no L'Osservatore Romano, ed. em português, n. 50 de 12 de dezembro de 2013
 
O cristão que perde a esperança perde o próprio sentido da sua existência e é como se vivesse diante de um muro. Abrir as portas ao encontro com o Senhor significa receber dele aquela consolação que nos restitui, com ternura, a esperança. A homilia do Papa Francisco da missa celebrada a 10 de Dezembro foi dedicada precisamente àquela consolação na ternura com a qual o Senhor regenera a esperança no cristão.
De facto, ao citar o livro do profeta Isaías (40, 1-11), definido «o livro da consolação de Israel», o Pontífice reflectiu sobre o conforto que Deus invoca para o seu povo. É o próprio Senhor que «se aproxima para o consolar, para lhe dar a paz». E assim «realiza uma grande obra», porque ele «faz de novo todas as coisas, regenera-as». Esta «regeneração», acrescentou, é ainda mais bonita do que a criação. Portanto o Senhor visita o seu povo «regenerando».
Na realidade o povo de Deus esperava esta visita, sabia que o Senhor a teria realizado. «Recordemos — evidenciou a propósito o Santo Padre — as últimas palavras de José aos seus irmãos: quando o Senhor vos visitar levai convosco os meus ossos». E acrescentou «o Senhor visitará o seu povo. É a esperança de Israel. E visitá-lo-á com esta consolação: refazer tudo. Não uma só vez, mas muitas vezes».
Deste «refazer» do Senhor o bispo de Roma indicou algumas linhas-mestras. Antes de tudo «quando o Senhor se aproxima dá-nos esperança. Portanto — especificou — refaz com esperança. Abre sempre uma porta». Quando o Senhor se aproxima de nós, não fecha portas, abre-as; e depois quando vem «vem com as portas abertas».
Na vida cristã esta esperança «é uma fortaleza verdadeira, é uma graça, é um dom». De facto, quando «o cristão perde a esperança a sua vida já não tem sentido. É como se a sua vida estivesse diante de um muro, de nada. Mas o Senhor consola-nos e regenera-nos com a esperança, para ir em frente». Fá-lo também com uma proximidade especial a cada um de nós. Para o explicar o Pontífice citou o versículo conclusivo do trecho de Isaías proposto pela liturgia: «Como um pastor que apascenta o seu rebanho e com um braço o reúne; leva os cordeirinhos ao peito e conduz docemente as ovelhas maiores». E comentou: «é a imagem da ternura. O Senhor consola-nos com ternura. O Senhor, o grande Deus, não teme a ternura. Ele faz-se ternura, faz-se menino, faz-se pequenino». Porque, explicou o Pontífice, «cada um de nós é muito importante» para o Senhor, o qual nos faz «ir em frente, dando-nos a esperança».
 
Esta «foi a grande obra de Jesus» durante os quarenta dias que vão da ressurreição à ascensão: «Consolar os discípulos, aproximar-se e dar conforto, aproximar-se e dar esperança, aproximar-se com ternura. Devemos pedir ao Senhor a graça «de não ter medo — afirmou, concluindo — da consolação do Senhor, de sermos abertos, de a pedir, de a procurar, porque é uma consolação que nos dará esperança e nos fará sentir a ternura de Deus Pai».

Na missa celebrada na manhã do dia anterior o Papa falou sobre o significado da oração que deve ser dirigida ao Senhor com espírito de verdade e com a certeza de que ele a pode realmente satisfazer. A oração é «um grito» — disse — que não tem medo de «incomodar Deus», de fazer «barulho», como quando «batemos à porta» com insistência. Referindo-se ao trecho do capítulo 9 de Mateus (27-31), o Papa focalizou antes de tudo a atenção sobre uma palavra contida no excerto do Evangelho «que nos faz reflectir: o grito». Os cegos, que seguiam o Senhor, gritavam para ser curados. «Também aquele cego na entrada de Jericó gritava e os amigos do Senhor queriam que se calasse», recordou o Santo Padre. Mas aquele homem «pede ao Senhor uma graça e pede-a gritando», como querendo dizer a Jesus: «Faz isto! Eu tenho direito que tu o faças!».
«Neste contexto, o grito — explicou o Pontífice — é um sinal da oração. O próprio Jesus, quando nos ensinava a rezar, pedia-nos para o fazer como um amigo incomodativo que, à meia-noite, ia pedir pão para os hóspedes». Em síntese, prosseguiu o Papa, «rezar — eu diria — incomodando. Não sei, talvez isto soe mal, mas rezar significa um pouco incomodar a Deus para que ele nos ouça». E foi precisamente o que fizeram os leprosos do Evangelho, que se aproximaram de Deus para lhe dizer: «Mas se tu quiseres, podes curar-nos». E «dizem-no com uma certa segurança».
«E assim Jesus — afirmou o Pontífice — ensina-nos a rezar». Nós habitualmente apresentamos ao Senhor o nosso pedido «uma, duas ou três vezes, mas não com muita insistência: e depois cansamo-nos e esquecemo-nos de o pedir». Ao contrário, os cegos acerca dos quais fala Mateus no trecho do Evangelho «gritavam e não se cansavam de gritar». Com efeito, disse ainda o Papa, «Jesus diz-nos: pedi! Mas também nos diz: batei à porta! E quem bate à porta faz barulho, incomoda, importuna». Eis, as «duas atitudes» da oração: «a necessidade e a certeza».


A oração «é sempre necessária. A oração, quando nós pedimos algo, é necessidade: tenho esta necessidade, escuta-me Senhor!». Além disso, «quando é verdadeira, é confiante: escuta-me, eu penso que tu o possas fazer, porque o prometeste!». De facto, explicou o Pontífice, «a verdadeira oração cristã é fundada sobre a promessa de Deus. Ele o prometeu».

Em conclusão, o Papa Francisco reafirmou a necessidade de pensar sempre «se a nossa oração é necessidade e certeza»: é «necessidade porque dizemos a verdade a nós mesmos» e é «certeza porque acreditamos que o Senhor pode fazer o que nós pedimos».
Na missa de 5 de Dezembro o Papa convidou a fazer um «exame de consciência» sobre a coerência entre o dizer e o fazer. As «palavras cristãs» — frisou — sem a presença de Cristo são como enlouquecidas, sem sentido, enganadoras e acabam no orgulho e no «poder pelo poder».
Inspirando-se na liturgia do dia, o Pontífice recordou que «muitas vezes o Senhor falou desta atitude», a de conhecer a Palavra sem a pôr em prática. Como diz o Evangelho, Jesus «repreendia também os fariseus» que «conheciam tudo, mas não o faziam». E dizia ao povo: «fazei o que eles dizem mas não o que eles fazem, porque não fazem o que dizem!». É a questão das palavras «separadas da prática», palavras que ao contrário devem ser vividas. No entanto «estas palavras são boas» advertiu o Papa «são palavras bonitas». Por exemplo, «também os Mandamentos e as bem-aventuranças» fazem parte destas «palavras boas» e também «muitas coisas que Jesus disse. Não as podemos repetir mas se não nos leva à vida não só não servem mas fazem mal, enganam-nos, fazem-nos crer que temos uma linda casa, mas sem alicerces».
No trecho evangélico de Mateus (7, 21.24-27), prosseguiu o Papa, o Senhor diz que precisamente aquele «que escuta a Palavra e a põe em prática será semelhante ao homem sábio que construiu a casa sobre a rocha». A questão essencial, contudo, frisou o Santo Padre, é «de que modo a ponho em prática?». E evidenciou que «consiste precisamente nisto a mensagem de Jesus: pô-la em prática como se constrói uma casa sobre a rocha». E «esta figura da rocha refere-se ao Senhor». Mas, afirmou o Papa, «a rocha é Jesus Cristo, a rocha é o Senhor. Uma palavra é forte, dá vida, pode ir em frente, pode suportar todos os ataques se tiver as suas raízes em Jesus Cristo». «Quando as palavras cristãs são sem Cristo começam a empreender o caminho da loucura». Uma palavra cristã sem Cristo — acrescentou o Pontífice — leva-nos à vaidade, à segurança de nós mesmos, ao orgulho, ao poder pelo poder. E o Senhor abate estas pessoas».
Esta verdade, explicou, «é uma constante na história da salvação. Diz Ana, a mãe de Samuel; e Maria no Magnificat: o Senhor abate a vaidade, o orgulho daquelas pessoas que acreditam que são rocha». São «pessoas que só seguem uma palavra, sem Jesus Cristo». Fazem própria uma palavra que é cristã «mas sem Jesus Cristo: sem a relação com Jesus Cristo; sem a oração com Jesus Cristo; sem o serviço a Jesus Cristo; sem o amor a Jesus Cristo».
Para o Papa Francisco «o que o Senhor nos diz hoje» é um convite a «construir a nossa vida sobre esta rocha. E a rocha é Ele. Paulo diz-nos explicitamente — frisou — quando se refere àquele momento no qual Moisés bateu na rocha com o bastão. E diz: a rocha era Cristo. Cristo é a rocha». Esta meditação exige, sugeriu o Pontífice, «um exame de consciência» que «nos fará bem». Um «exame de consciência» que podemos fazer respondendo a uma série de perguntas essenciais. O próprio Papa as explicitou: «Mas como são as nossas palavras? São palavras suficientes em si mesmas? São palavras que se consideram poderosas? São palavras que pensam que nos dão a salvação? São palavras com Jesus Cristo? É sempre Jesus Cristo quando dizemos uma palavra cristã?». O Pontífice quis frisar de novo que se refere expressamente «às palavras cristãs. Porque quando não há Jesus Cristo — disse — também isto nos divide entre nós e provoca a divisão na Igreja». O Papa Francisco concluiu a homilia pedindo «ao Senhor a graça de nos ajudar nesta humildade que devemos ter: dizer sempre palavras cristãs em Jesus Cristo, não sem Jesus Cristo». Que «o Senhor — concluiu — nos dê esta graça da humildade de dizer palavras com Jesus Cristo. Fundadas em Jesus Cristo». 
 
http://www.vatican.va/holy_father/francesco/cotidie/2013/po/papa-francesco_20131212_meditazioni-29_po.html

Imagens:
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domingo, 8 de dezembro de 2013

Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria

ORAÇÃO À IMACULADA

Solenidade da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria
 Domingo, 8 de Dezembro de 2013

 

Virgem Santa e Imaculada,
que sois a honra do nosso povo
e a guardiã solícita da nossa cidade,
a Vós nos dirigimos com amorosa confidência.

Toda sois Formosa, ó Maria!
Em Vós não há pecado.

Suscitai em todos nós um renovado desejo de santidade:
na nossa palavra, refulja o esplendor da verdade,
nas nossas obras, ressoe o cântico da caridade,
no nosso corpo e no nosso coração, habitem pureza e castidade,
na nossa vida, se torne presente toda a beleza do Evangelho.

Toda sois Formosa, ó Maria!
em Vós Se fez carne a Palavra de Deus.

Ajudai-nos a permanecer numa escuta atenta da voz do Senhor:
o grito dos pobres nunca nos deixe indiferentes,
o sofrimento dos doentes e de quem passa necessidade não nos encontre distraídos,
a solidão dos idosos e a fragilidade das crianças nos comovam,
cada vida humana sempre seja, por todos nós, amada e venerada.

Toda sois Formosa, ó Maria!
Em Vós, está a alegria plena da vida beatífica com Deus.

Fazei que não percamos o significado do nosso caminho terreno:
a luz terna da fé ilumine os nossos dias,
a força consoladora da esperança oriente os nossos passos,
o calor contagiante do amor anime o nosso coração,
os olhos de todos nós se mantenham bem fixos em Deus, onde está a verdadeira alegria.

Toda sois Formosa, ó Maria!
Ouvi a nossa oração, atendei a nossa súplica:
esteja em nós a beleza do amor misericordioso de Deus em Jesus,
seja esta beleza divina a salvar-nos a nós, à nossa cidade, ao mundo inteiro.

Amen.

Como Deus poisou o seu olhar sobre Maria, jovenzinha da periferia de Israel, assim também sobre nós Deus poisa o seu olhar de amor e salvação: Papa ao Angelus

Neste II domingo do Advento, que coincide com a festa da Imaculada Conceição de Maria, ao meio-dia, como habitualmente aos domingos, o Papa rezou com os fiéis presentes na Praça de São Pedro e todos os que o seguiam, de longe, através dos meios de comunicação.
O Papa comentou o Evangelho da anunciação, em que a Igreja contempla Maria como “a cheia de graça”, tal como Deus a encarou desde o primeiro instante no seu desígnio de amor.

“Maria apoia-nos no nosso caminho em direcção ao Natal, porque ela nos ensina como viver este tempo de Advento em atitude de espera do Senhor”.
O Papa fez notar que Maria, à qual o anjo Gabriel saúda da parte de Deus, era uma jovenzinha de Nazaré, pequena localidade da Galileia, na periferia do império romano e também na periferia de Israel. E contudo, foi precisamente sobre ela que se pousou o olhar do Senhor, que a tinha escolhida para ser a Mãe do seu Filho.
Foi em vista desta maternidade (prosseguiu o Papa) que Maria foi preservada do pecado original, “aquela fractura na comunhão com Deus, com os outros e com a criação, que fere em profundidade cada um dos seres humanos”. Uma fractura sanada antecipadamente no Mãe d’Aquele que veio a libertar-nos da escravidão do pecado".
“A Imaculada está inscrita no projecto de Deus: é fruto do amor de Deus que salva o mundo”.
Aliás, sublinhou com especial insistência o Papa Francisco, “não nos é alheio o mistério desta rapariguinha de Nazaré, que está no coração de Deus”.
“Na verdade, Deus poisa o seu olhar sobre cada homem e cada mulher!”
“Contemplando a nossa Mãe Imaculada, reconheçamos também o nosso destino mais autêntico, a nossa vocação mais profunda: sermos amados, sermos transformados pelo amor”.
Depois da reza das Ave Marias, o Papa pediu a todos que se unissem espiritualmente à Igreja que vive na América do Norte, que hoje recorda a fundação da sua primeira paróquia, há 350 anos: Notre-Dame de Québec…
O Santo Padre recordou também que, esta tarde, seguindo uma antiga tradição, se deslocará à Praça de Espanha para rezar aos pés do monumento à Imaculada.

"Peço-vos que vos unais espiritualmente a mim nesta peregrinação, que é um acto de devoção filial a Maria, para lhe confiar a cidade de Roma, a Igreja e toda a humanidade”.
Da Praça de Espanha o Santo Padre deslocar-se-á também à basílica de Santa Maria Maior, para venerar, privadamente, o ícone de Nossa Senhora, “Salus popoli romani”.
 

 Novena da Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria

Oração para todos os dias

Meu Deus vinde em meu auxílio!

Senhor apressai-Vos em me socorrer.
 
Ó Maria, lírio imaculado de pureza, eu me congratulo convosco, porque desde o primeiro instante da Vossa Conceição fostes cheia de graça e, além disso, vos foi conferido o perfeito uso da razão. Dou graças e adoro a Santíssima Trindade que Vos concedeu tão sublimes dons; e me confundo totalmente na Vossa presença ao ver-me tão pobre de graças; Vós que de graças celestes fostes tão copiosamente enriquecida reparti com a minha alma e fazei-me participante dos tesouros que começastes a possuir em Vossa Imaculada Conceição.
Virgem Puríssima, concebida sem pecado e desde aquele primeiro instante toda bela e sem mancha. Gloriosa Maria, cheia de graça, Mãe de Deus, Rainha dos Anjos e dos homens. Saúdo-vos humildemente como Mãe do meu Salvador que, com aquela estima, respeito e submissão com que vos tratava, ensinou-me quais sejam as honras e a veneração que devo prestar-vos. Dignai-vos, eu vo-lo rogo:
 
(Faça o seu pedido)
 
Vós sois o seguro asilo dos pecadores penitentes e assim tenho razão para recorrer a Vós. Sois Mãe de misericórdia e por este título não podeis deixar de enternecer-Vos à vista das minhas misérias. Sois, depois de Jesus Cristo, toda a minha esperança, e por esta razão não podeis deixar de reconhecer a terna confiança que tenho em Vós. Fazei-me digno de chamar-me Vosso filho para que possa confiadamente dizer-Vos: mostrai que sois minha Mãe!
 
Amém.